Entre em contato

email: alexandre65@gmail.com
msn: alexandre65@gmail.com
www.twitter.com\alexandregalves

Tá difícilde achar? Não encontrou? Pesquise aqui!

Pesquisa personalizada

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A inocência presumida foi pro espaço!!

Direito Constitucional é esquecido pela Petrobras

Punições vieram a galope, sem direito de defesa.

Petroleiros punidos relatam o “inferno” que estão vivendo

Por telefone, dois dos petroleiros que foram punidos na Bacia de Campos relataram as pressões, assédios e ameaças que sofreram das gerências na greve de março. Eles falaram sobre o que mudou em suas vidas e o que está em xeque nesta disputa ideológica em que a Petrobrás transformou a campanha reivindicatória. Preservamos a identidade dos trabalhadores para protegê-los. Ambos estão menos de cinco anos na empresa, têm entre 22 e 25 anos de idade, moram fora de Macaé, continuam na luta pelo coletivo e confiam na solidariedade de classe da categoria petroleira.

“Jamais deixamos de acreditar no coletivo”

“Vivemos um verdadeiro inferno a bordo da plataforma, momentos antes de ser deflagrada a greve de março. Sofremos todos os tipos de pressão, assédio e ameaças por parte das gerências. Uma tortura psicológica, um desrespeito tão absurdo, que nunca na vida pensei que fosse passar por isso. Mesmo assim, resistimos e mantivemos a calma e o equilíbrio o tempo todo em que estivemos na sala de controle, apoiando os companheiros que estavam na operação da plataforma. A gerência queria ocupar a sala com a equipe de contingência e o que fizemos foi simplesmente acatar o indicativo do sindicato, preservando nossos postos de trabalho. Os gerentes, sim, faziam questão de deixar claro que ocupariam a sala de qualquer jeito, mesmo que fosse preciso conflito. Fizeram de tudo para nos desestabilizar, mas estávamos preparados para não entrar em confronto, pois sabíamos dos riscos que corríamos e que as gerências poderiam sabotar nossa greve. Por isso, trabalhamos exaustivamente, o tempo todo sob tensão, vigilantes para que nada afetasse a segurança e a integridade da plataforma. Vivemos situações extremamente cruéis, como ouvir o Geplat admitir que tinha cortado a comunicação da plataforma e que seríamos demitidos de qualquer forma, se permanecêssemos embarcados ou se desembarcássemos. Apesar de tudo isso, jamais deixamos de acreditar no coletivo. Lutávamos com a convicção de que as conquistas da greve seriam de toda a categoria. São extremamente injustas e infundadas as punições que sofremos. Não fizemos absolutamente nada que pudesse justificar essa atitude da Petrobrás. Estamos indignados e revoltados com as mentiras que estão sendo ditas para confundir a categoria. Fiquei sabendo que estão falando que a gente até cuspiu na cara do gerente, quebramos equipamentos, deitamos na sala de controle, ameaçamos e assediamos os gerentes… Imagina isso! Nós é que fomos submetidos a um verdadeiro inferno, fomos acusados, julgados e punidos sem motivo algum e sem qualquer direito de defesa. Nos usaram para coagir e subjugar a categoria. É muito clara a estratégia da Petrobrás: ataca as lideranças do movimento, espalha o clima de terror e perseguição entre os trabalhadores para impedir novas greves e mobilizações. Nossa categoria não pode permitir isso, pois seria um golpe na esperança de que juntos podemos corrigir as injustiças e lutar por um futuro melhor para todos. Continuo acreditando na luta, na solidariedade de classe e tenho certeza de que não seremos abandonados pelos trabalhadores”.

“Desestruturaram nossas vidas e famílias”

“O que mais me impressiona nisso tudo é a falta de pudor dos gerentes em manipular as nossas vidas. Além da humilhação, desrespeito e injustiça que sofremos, nossas vidas viraram de ponta cabeça. Fomos transferidos para terra há oito meses, à nossa revelia. Desestruturaram nossas vidas e famílias e ainda têm a cara de pau de inventarem absurdos a nosso respeito, tentando induzir a categoria a nos julgar por algo que não cometemos. Tenho plena consciência de que essas punições arbitrárias só ocorreram para as gerências medirem força com os sindicatos e nos fazerem de exemplo para esvaziar os próximos movimentos da categoria. A Petrobrás sabe que não houve motivos paras as punições, que foram desnecessárias, mas não acreditava que a categoria fosse reagir, como está reagindo, a essa injustiça. Uma das acusações que sofremos ao sermos punidos foi que cometemos assédio moral contra os gerentes, quando nós é que fomos de fato assediados o tempo todo por eles. Sabe por que? Porque acatamos o indicativo do sindicato. Esse é o jogo, essa é a estratégia da Petrobrás. Se a categoria engolir essas punições sem reagir vai estar permitindo que as gerências sigam adiante em seu objetivo, que é ceifar e enfraquecer qualquer tipo de movimento que venha ocorrer no futuro. Se isso acontecer, corremos o risco de nunca mais conquistar nada, pois não teremos mais correlação de forças para enfrentar os desmandos e injustiças das gerências. Tenho esperança de que na luta, nacionalmente unidos, conseguiremos reverter essas punições. Não por mim ou por meus companheiros, mas em honra de toda a categoria”


Fonte: Blog da Juventude Petroleira

Nenhum comentário: